domingo, 19 de junho de 2011

Um dia me disseram que eu tinha medo da morte, confessei que "SIM, eu tenho medo da morte"!!!Meu medo não é que ela venha até a mim, mas que atinja as pessoas que eu amo. É isso, tenho medo da morte dos outros, em um ato de covardia e egoísmo, eu desejo morrer antes de todos que eu amo, o que faz com que eu deseje uma vida efêmera, já que tenho tantos amores.
Mas essa semana não foi assim que aconteceu, a morte veio e não foi para mim, ela veio de forma brutal, violenta e surpreendente. Essa morte entrou para estatísticas da violência que se alastra na sociedade na qual vivemos, de inversão de valores e rompimento de princípios.
Sempre quando vejo casos semelhantes ao que aconteceu eu penso: "Pôxa essa pessoa é apenas um número para os especialistas, mas para a família não é assim que acontece, , essa família sente dor, essa família que justiça" e dai sempre me perguntava: "Justiça???, se todos somos vítimas, se o assassino também o é!!! São vitimas deste sistema" sempre pensei assim e confesso que assim continuo pensando...caminhamos para uma sociedade bem pior e nem notamos..talvez seja a tão famosa barbárie e ninguém percebe, ninguém faz nada...talvez porque não o perceba não faça nada...
E assim a morte veio e levou uma pessoa amada, próxima e não me levou...ele foi antes de mim, antes dos seus filhos, dos seus netos e de sua esposa. Para nós ele não é um número ele é o tio, o pai, o avô e o esposo...o amigo...E que vá em paz...

"Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo eu não sei de onde vem o tiro"

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